Falácias e Erros Comuns




Texto em construção e edição : )

O mesmo conteúdo se encontra para download em pdf aqui:
https://www.dropbox.com/s/zfdcxh3oussjjlq/falacias.pdf?dl=0

{Falácias}

[Falácia]
Falácia é um tipo  de argumento que pode a princípio parecer válido (ou correto) mas que não  é válido (ou correto). O conceito pode ser usado também como erros comuns que  podem ser feitos ao se argumentar. Uma  falácia, em geral, é um argumento inválido (ou incorreto) que aparenta ser válido ( ou correto).


  • Um argumento falacioso pode ser enganoso por parecer melhor do que realmente é.


Um argumento é correto se:

  • Todas as suas premissas são verdadeiras
  • As premissas garantem  que a conclusão também é verdadeira.


Um argumento é incorreto se:


  • Ao menos uma de suas premissas é falsa
ou
• as premissas não garantem a veracidade da conclusão.


Um argumento é válido se

  • em qualquer contexto em que suas premissas
são simultaneamente verdadeiras, a sua conclusão também é verdadeira.
  • Um argumento é inválido  se existe ao menos um
contexto no qual as suas premissas são simultaneamente verdadeiras e a sua
conclusão é falsa.






% dar exemplos mais comuns

{Afirmação do Consequente}


[Afirmação do consequente]
É um argumento do tipo: vale $A \Rightarrow B$  então também vale  $B \Rightarrow A$.
Nem sempre esse argumento é válido, como por exemplo $ x $ é par então $ x$ é inteiro é uma proposição verdadeira , porém $x$ é inteiro não implica $x$ ser par, pois $x$ pode ser $3$ que não é par. Quando vale $A \Rightarrow B$ e $B \Rightarrow A$ dizemos que $A$ e $B$ são equivalentes ou que a recíproca é verdadeira.




Vale que $x$ é humano então $x$ é mortal, porém nem sempre vale que $x$ é mortal então $x$ é humano, basta tomar $x$ como , por exemplo, um pássaro.









{Evidência anedótica}


[Evidência Anedótica-Falácia]
Evidência anedótica é também  o nome de uma falácia que consiste no contar uma história para validar um argumento, sendo que não se tem maneira de verificar se tal evento realmente aconteceu ou se ele possui relevância para configurar uma amostra representativa de uma população.

Alguns problemas que podem acontecer com esse tipo de argumento:


  • A história foi inventada e não aconteceu realmente, não havendo maneira de se verificar seu acontecimento, ou se seu acontecimento se deu realmente pelo fato suposto.
      • Apenas porque algo é falado ou escrito, não significa que ocorreu ou aconteceu da maneira e pelos motivos que foram relatados. Como é dito ``o papel aceita tudo", algo  dito não significa que seja verdadeiro.
  • Pode ter ocorrido fato similar ao relatado, porém houve falsas impressões sobre ele que foram contadas.
  • O fato relatado pode realmente ter acontecido, mas não ser representativo para a população analisada.
  • Acreditar na evidência anedótica equivale a acreditar em testemunho.


A falácia pode ser colocada da seguinte maneira:

  • Uma pessoa diz que presenciou um certo fenômeno, portanto tal fenômeno aconteceu.


`` Mais provável uma pessoa mentir do que um milagre acontecer"



A evidência anedótica usa observações ou indicações casuais, ao invés de análise rigorosa ou científica.


{Evidência Anedotal e Estatística}


Outro problema relacionado ao uso de evidência anedotal é que, mesmo que real, não leva em consideração dados estatísticos que poderiam evidenciar se a ocorrência representaria bem uma certa ocorrência e nãos seria apenas caso.


 A psicologia evidência que as pessoas tendem a se lembrar com mais facilidade de exemplos notáveis do que os comuns, o que poder levar à falsa impressão de que os notáveis ocorrem em uma freqüência mais alta do que a real.




"informação que não é baseada em fatos ou estudo cuidadoso" [1]
"observações ou estudos não científicos, que não provém provas mas podem assistir esforços de pesquisa" [2]
"descrições ou observações de observadores geralmente não científicos" [3]
"observações ou indicações casuais, ao invés de análise rigorosa ou científica" [4]
"informação transmitida boca-a-boca mas não documentada cientificamente"
Evidências anedóticas podem ter graus variados de formalidade. Por exemplo, em Medicina, evidência anedótica descrita e publicada cientificamente é chamada de relato de caso, que é um modo mais formal, cientificamente correto, sujeito a revisão por pares. [5] e invoca a realização de estudos científicos mais rigorosos sobre o fenômeno em questão [6] . Por exemplo, um estudo encontrou que 35 de 47 relatos anedóticos de efeitos colaterais foram mais tarde sustentados como "claramente corretos". [7]

Pesquisadores, portanto, podem utilizar evidências anedóticas para sugerir novas hipóteses científicas, mas nunca como evidência que as suporte






[Falácia Genética]
Falácia genética  é uma falácia lógica que consiste em aprovar ou desaprovar algo baseando-se unicamente em sua origem.







[Argumentum ad Antiquitatem-Argumento de antiguidade]
Esse tipo de falácia consiste em concluir que  algo é correto ou bom pois é antigo . Crenças antigas ou que duram muito tempo não são necessariamente verdadeiras.




[Argumentum ad Novitatem-Argumento de novidade]
Consiste em concluir que algo é correto, bom ou melhor, pois foi colocado em tempos recentes.



[Argumentum ad Baculum -Apelo à Força]
É a falácia que consiste em apelar para algum tipo de punição para fazer com que aceitem um argumento .



[Falácia do espantalho ou criar espantalho.]

É uma falácia onde para se desfazer de uma proposição $A$, fala-se na verdade de uma proposição diferente, $B$, que é uma distorção do que foi colocado inicialmente e daí chega-se a conclusão que $A$ é falsa, quando na verdade o que foi atacado foi algo diferente $B$, distorcido , que é chamado de  espantalho.

A falácia do espantalho consiste em caricaturar um argumento com o objetivo de tornar mais fácil o ataque.

O ato de criar uma distorção para se atacar, é dito criar um ``espantalho".





[Argumentum ad Crumenam-Argumento de riqueza]
Consiste no argumento de que pessoas mais ricas devem estar certas.




[Falácia da ladeira escorregadia]
Consiste em atacar uma proposição $P$, por dizer que $P$ implicaria outra proposição $P_1$   sem argumentar a necessidade lógica  de $P$  implicar a proposição $P_1$, isto é, uma proposição não seguir necessariamente de outra. Seria necessário demonstrar que uma proposição implica necessariamente a outra. A ladeira escorregadia pode ter mais de um passo, dizer que $P$ implica $P_1$, que implica $P_2$, que implica $P_3$, até $P_n$, sem demonstrar que um argumento implica outro. Ela pode ser vista como um tipo de falácia non sequitur (uma proposição não estar clara que segue logicamente de outra).


  • Consiste em dizer que a ocorrência de um evento acarretará conseqüências negativas, mas sem apresentar provas para sustentar tal afirmação.
  • A prova da implicação entre as duas proposições teria que  ser dada por quem afirma, pelo princípio do ônus da prova ser de quem afirma.
  • Para mostrar que uma proposição P é inaceitável, uma seqüência de eventos cada vez mais inaceitáveis é mostrada a seguir a partir de P.





Um argumento ladeira escorregadia  sugere que uma situação (ou proposição) vai progredir gradualmente de um extremo ao outro, sem qualquer ponto de parada claro. Os argumentos da ladeira escorregadia  são muitas vezes falaciosos pois ignoram potenciais pontos de parada.




  • Se a homossexualidade for considerada correta, então depois devem considerar a zoofilia e depois a pedofilia.
  •  O argumento de que a permissão o casamento homossexual vai levar a bestialidade é falho devido à existência de consentimento informado entre adultos da espécie humana o que marca uma distinção clara entre os dois, isto é, neste caso a aceitação de um não implica necessariamente o outro, um critério que casamento homossexual satisfaz e pedofilida e zoofilia não é  o consentimento informado entre adultos da espécia humana.




Tal falácia também é conhecida pelos seguintes nomes:

  • falácia do declive escorregadio.
  • Bola de neve




  • O fato de  um direito ser estendido a uma classe pode dar esperanças a uma outra classe (sem o direito atualmente) a querer também que se faça uma extensão que a contemple, por isso ela pode forçar e argumentar para que se estenda o direito para uma nova classe. Porém adotados alguns princípios, essa extensão pode não ser válida e a extensão inicial sim, um direito válido, que não implica necessariamente que outros sejam obtidos pois o primeiro foi garantido.



{Falácia do Escocês ou exclusão do Grupo}

Vamos usar o nome ''exclusão do Grupo", pois achamos que explica melhor o seu significado.

[Falácia da exclusão do Grupo ]
Tal falácia se apresenta pelo menos de dois modos.


  • Primeiro modo, sendo o mais literal, consiste em se ter uma definição de um grupo, dada a priori, porém a definição ser alterada para validar ou invalidar um  exemplo, contra-exemplo ou argumento.
  • Segundo modo. Dizer que haveria um grupo de representantes especiais de um grupo ( os representantes de verdade), e outros que não o seriam.

Porque considerar a exclusão do grupo como falácia?. Estamos considerando falácia um argumento que pode parecer verdadeiro, mas não o é.
Ela se torna uma falácia pois o termo é redefinido  para se escapar de uma proposição que possui generalização, uma proprosição antes falsa ou verdadeira, pode trocar de valor verdade depois de uma redefinição.

Para que possa realmente se encaixar no critério de falácia necessário que:


  • Se tenha uma definição do que seja um conceito ou nomenclatura dada a um grupo de pessoas, digamos uma definição $C$, definição em comum acordo entre os debatedores. Essa definição deve ser considerada a priori (antes da discussão).
  • Um debatedor diz que existe um exemplar $x$ de $C$, que possui uma certa propriedade $P$ para desmentir ou contradizer uma alegação dada. Nesse caso deve ser verificado realmente que $x$ pertence ao grupo $C$, recorrendo a definição dada a priori.
  • Dado que $x$ realmente pertence ao grupo $C$ ( recorrendo a definição), um outro debatedor, muda a definição de $C$ para que seja excluído do grupo, assim o contra exemplo que antes era válido se torna inválido .


Cuidado que devemos ter para reconhecer como falácia.


  • (Definição conhecida e clara) Ter uma definição clara do que seja o grupo em questão, para poder determinar o que pertence ou não pertence ao grupo.
  •  (Definições comum entre debatadores) Que os debatedores estejam de comum acordo com a definição (pelo menos no ponto em questão), pois existem definições diferentes do mesmo termo. Sendo que não reconhecemos aqui autoridade sobre definição, ou nome que alguém possa dar a um certo grupo ou estrutura. Então, as definições devem ser claras e o ponto aceito pelos envolvidos.
  • (Verificação de pertinência do elemento) Verificar que dada a definição o contra exemplo realmente a satisfaz. Se não satisfizer essa condição, então não se aplicaria a nomenclatura de falácia.


É importante então ter uma definição razoavelmente clara de um grupo antes de aplicar o procedimento e que seja conhecida pelos debatedores. Vamos dar exemplos de casos onde pode-se dar problema e não se configurar falácia.

Definições diferentes:

  • Mario Alface : Todo número natural é positivo .
  • Joanete Gilette: Mas existe um número natural não positivo, que é o número $0$!.
  • Mario Alface : O $0$ não é um número natural de verdade.

Observação: Nesse caso considere Joanete tomando o conjunto dos naturais como $\{0,1 \cdots, n, \cdots \}$  e Mario considerando $\{1 \cdots, n, \cdots \}$. Mario não está usando falácia de expulsão do grupo, se sua definição, desde o início é dessa forma, como citado acima. No caso, ambos estão certos, pois existem as definições para números naturais que ambos consideram.  Mario estaria usando falácia da exclusão do grupo, apenas, se desde o início ele estivesse usando a definição de Joanete, mas tivesse trocado de definição apenas para  mudar o valor de verdade da proposição que apresentou.


Verificação de pertinência do elemento:
Considere o conjunto dos números naturais, dado a princípio como $\{0,1 \cdots, n, \cdots \}$ (estamos tratando aqui informalmente dos conceitos).

  • Mario Alface : Nenhum número natural é solução de $x- \frac{1}{2}=0$ .
  • Joanete Gilette: Mas existe um número natural  que soluciona essa equação, o número $x= \frac{1}{2}.$
  • Mario Alface : O $\frac{1}{2}$ não é um número natural (de verdade).

$\frac{1}{2}$ realmente não é um número natural  na definição considerada, logo não se verifica o contra exemplo e não podemos dizer que há falácia.



{Argumentum ad Verecundiam-Apelo à Autoridade}


[Apelo à Autoridade]
 É uma falácia lógica que apela para a palavra ou reputação de alguma autoridade a fim de validar o argumento de forma determinística. É usado quando a conclusão se baseia exclusivamente na credibilidade do autor da proposição e não nas razões que ele apresentou para sustentá-la, isto é, não se foca nos argumentos e sim na possível autoridade de um autor.





Forma Lógica:

  •  X é um especialista no tema Y
  • X  defende a proposição  Z
  • Z  é tema Y
  • Logo Z é verdadeira.




{Cherry picking-Evidência Incompleta}
[Cherry picking-Evidência Incompleta]
Cherry picking é uma falácia que consiste em usar dados escolhidos, de um conjunto maior de dados, desconsiderando o geral, que pode ter propriedades diferentes dos pontos escolhidos, sendo que a escolha pode ser feita de forma proposital para provar um ponto de vista. Uma certa propriedade poderia não se verificar para todos membros do grupo ou até mesmo não se verificar para a maior parte dos elementos.
 É uma falácia que consiste em citar casos ou dados individuais que parecem confirmar uma determinada posição, ao mesmo tempo em que se ignora uma porção significativa de casos ou dados relacionados que possam contradizer aquela posição.



A falácia também é chamada de supressão de evidência.


  •  Tal falácia é o ato de apontar para casos individuais que parecem confirmar uma posição particular, enquanto ignora porção suficiente de casos e dados que podem contrariar essa posição. É uma falácia de atenção seletiva.


A falácia do Cherry picking, como muitas outras, pode ser feita de forma intencional e também de forma não intencional. A forma não intencional pode acontecer por viés de confirmação, dar atenção a pontos que confirmam nossas crenças e ignorar ou descartar as que negam o que acreditamos.




Forma lógica:

  • Pelo menos as evidências $A$ e $B$, diferentes  estão disponíveis.
  • A evidência $A$ apoia a ideia, crença ou afirmação de uma pessoa $1$.
   • A evidência $B$ contraria sua ideia, crença ou afirmação.
   • Portanto a pessoa $1$ apresenta apenas a evidência $A$ ignorando $B$.
   • Conclui propriedades por meio de $A$ de forma geral.




  • Formas intencionais:

  • Seja $A$ um universo de elementos tomados a priori. Tome uma propriedade $P$ escolhida. Procure ativamente  elementos $y$ (escolhidos a dedo) de $A$ que satisfazem $P$, ignorando elementos que não satisfazem $P$. Defina $B$ como conjunto: $y$ em $A$ tal que $y$ satisfaz $P$. Generalize a propriedade $P$ para todo elemento de $A$ por $P$ ser comum a todo elemento de  $B$, mesmo que maioria dos elementos de $A$ não tenham a propriedade $P$, ou não se saiba qual seria sua proporção em $A$.

  • Veja apenas um elemento $y$ de $A$ com propriedade $P$, não avalie a proporção ou outros elementos de $A$, conclua alguma propriedade generalizante de $A$ por $y$.

 %• Tome uma propriedade $P$ que considerem negativa ou inválida. Procure ativamente um subconjunto não vazio $B$  de $A$ tal que todos elementos de $B$ tenham a propriedade $P$. Generalize ou condene $A$ por $B$, mesmo que maioria dos elementos de $A$ não tenham a propriedade $P$, ou não saiba qual seria sua proporção em $A$. Aqui temos uma má fé da escolha enviesada.

      • A forma não intencional não possui má fé, sendo praticamente equivalente a generalização.




Há   $30$ maçãs em uma cesta. Sendo $3$ dessas podres. Uma pessoa olha todas as maçãs e escolhe a dedo as três podres. Apresentando essas podres para uma outra pessoa e dizendo que o cesto contém muitas maçãs podres, quase a maioria.

Qualquer caso em que se aponte casos escolhidos a dedo de um grupo que não é representativo do geral.


{Motivação do Nome}
O nome da falácia pode ser entendido com a colheita de frutas, como cerejas. Pode-se esperar que a pessoa que pega as frutas selecione apenas as frutas em melhor condições. Um observador que apenas vê as frutas selecionadas pode pensar que muitas das frutas, ou talvez todas estão em boas condições, porém a amostra pode não ser representativa do total.



{Relação Com Outras Falácias}


  • Evidência Anedótica. Dá mais valor obtidos por nosso conhecimento próximo e pessoal, que pode ser não representativo, no lugar de pesquisas que possam ter maior alcance em termo de dados e representar melhor a população pesquisada.
      • Uso seletivo de evidência: Rejeita material que não é favorável para um argumento.
      • Falsa dicotomia: Escolhe apenas duas opções quando mais de duas estão disponíveis.






   • A Falácia do Cherry picking  se refere a algum tipo de seleção de dados, de forma que reforçe um resultado desejado, o que pode ser enganador ou mesmo contrário ao que temos na realidade.




   • Se alguém diz que parte dos dados mostrados representam bem uma certa população, pelo princípio do ônus da prova a demonstração ou convencimento de que os métodos usados foram válidos ou bem sucedidos  devem ser dados pela pessoa que afirma.



{Falácia da Amostra Limitada}

A falácia da amostra limitada é usada, quando se tem uma amostra  com certas propriedades e se generaliza para todos membros daquela classe tal propriedade observada, é um erro lógico. É uma generalização precipitada. Ela é usada quando se Toma a propriedade de alguns individuos e transporta tal propriedade  para todos sem uma prova dessa validade.



Na região extremo-Sul do Brasil, faz muito frio no inverno. Logo, em todo o Brasil faz muito frio no inverno. Aqui se tomou propriedade de parte do Brasil, ``extremo-Sul", local, com temperaturas mais baixas se generalizou para todas regiões.




[Falácia da composição]
Falácia da composição, é uma falácia que consiste em dizer que o todo possui mesma propriedade de suas partes.

Cada célula não possui pensamento. Portanto, o cérebro, que é feito de células, não é capaz de gerar pensamentos.


[Falácia da  divisão]
Falácia  da divisão, é numa falácia que consiste em dizer que as partes possuem mesma propriedade que o todo.


O cérebro é capaz de gerar pensamento, logo cada célula (isoladamente) também é capaz de gerar pensamentos.




[Falácia da Falsa dicotomia]
 A Falácia da Falsa dicotomia ocorre quando alguém apresenta uma situação com apenas duas alternativas, quando, de fato, outras alternativas existem ou podem existir.

 Também conhecida como falácia do branco e preto ou do falso dilema.




  • Um número é positivo ou é negativo!

É falsa dicotomia pois, pois não existem apenas essas duas possibilidades, o número pode ser nulo como o número $0$ (que não é positivo, nem negativo).




[Wishful thinking- Pensamento desejoso]
Pensamento desejoso é a formação de crenças ou decisões, de acordo com o que  se acha agradável, se deseja ou afirma as próprias crenças, no lugar de apelar para evidências, racionalidade ou uma análise mais cuidadosa de uma condição que poderia implicar mesmo algo que não desejamos ou acreditamos a priori. É um pensamento que tende a querer confirmar suas próprias crenças e desejos.

O pensamento desejoso pode levar a seguinte falácia:

  • Porque desejamos que algo seja verdadeiro ou falso, então este algo será verdadeiro ou falso. Ele fica na forma
  Desejo que $P$ seja verdadeiro (falso), logo  $P$ é verdadeiro(falso).



O pensamento desejoso não torna uma ideia falsa ou verdadeira por si só.





{Non sequitur}

[Non sequitur-Não se segue]
Non sequitur é um argumento  cujo resultado não se segue das premissas.



{Ad hominem}

 é uma falácia identificada quando alguém procura negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo.
 O autor X afirma a proposição P;
Há alguma característica considerada negativa em X;
Logo, a proposição P é falsa.



 Falácia genética é desconsiderar os argumentos de alguém só pela reputação desse alguém.



[Ad populum-Apelo a multidão]
 Consiste em dizer que determinada proposição é válida  porque muitas pessoas (ou a maioria ) concordam com ela.



{Depois disso, logo causado por isso-Post hoc ergo propter hoc}


[Depois disso, logo causado por isso]
A falácia ``depois disso $\cdots$" consiste na ideia de que se dois eventos ocorrem um após o outro então entre eles haveria necessariamente relação de causa e efeito.

A falácia é também muito conhecida por sua expressão em latim:

  • post hoc ergo propter hoc.
  • Ela também pode ser chamada de correlação coincidente.




  • A falácia consiste em chegar a uma conclusão baseada unicamente na ordem dos acontecimentos, no lugar de tomar em consideração outros fatores que possam excluir, ou confirmar a conexão de causa e efeito.


A estrutura lógica da falácia é a seguinte:

$${Se A ocorreu e B ocorreu, então A é  a causa de B. } $$


  • Post hoc ergo propter hoc pode ser um erro especialmente fácil de se cometer, pois a causalidade pode se apresentar de forma semelhante a da falácia. Se $A$ ocorrer implica a ocorrência de $B$, então $A$ é causa de $B$.




Uma pessoa começa a ler um livro e depois de alguns dias acontece um terremoto numa cidade vizinha. Então, o terremoto teria sido causado pela leitura do livro.




{Mudança de Pensamento}




Para o erro de pensamento que escrevo nesta seção não encontrei nome na literatura. Então,  usarei um nome neste texto que pode diferir de algum nome existente para essa falácia.


[Mudança de Pensamento]
Uma pessoa considerava que uma proposição $B$ era verdadeira. Um tempo depois ela mudou de ideia e passou a achar que $B$ é falsa. Logo $B$ é falsa.



{Erros comuns}


{Falsa suposição}


Partir de hipóteses falsas pode a erros. Por exemplo

  • Supor que um ônibus de número $x$ passa num lugar $y$. Caso a hipótese seja falsa, pode-se chegar no lugar errado.

Por isso é importante testar bem as hipóteses para se tomar decisão.







{Outros erros ou fontes de erros comuns}
{Falta de informação}


{Erros e Psicologia}


{Viés Retrospectivo}

Hindsight bias (Viés de retrospectiva): as vezes chamado de ``efeito eu sempre soube", a inclinação para ver eventos passados como sendo previsíveis.
%bias
%http://psicologiarg.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html
[Viés Retrospectivo]
É a tendência de acreditar que um desfecho poderia ter sido previstos, depois de conhecer seu resultado.
O viés de retrospectiva é aquele que consiste em modificar, uma vez decorrido um qualquer evento, a lembrança sobre a opinião prévia a favor do resultado final, isto é, é a tendência para considerar eventos passados como sendo previsíveis.

Leia mais: Conceito de viés - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/vies#ixzz3oZtktoG1



O viés de falso consenso, por outro lado, tem lugar quando a pessoa está convencida de que os outros concordam com as suas opiniões e crenças.

Leia mais: Conceito de viés - O que é, Definição e Significado
%http://conceito.de/vies#ixzz3oZtplSp8
%http://www.iflscience.com/brain/20-cognitive-biases-which-make-you-form-bad-decisions




[Viês de Sobrevivência]
O viês de sobrevivência consiste no fato de que alguns tipos de  sucesso produzem  maior visibilidade que o fracasso. Ficamos sabendo  dos casos bem sucedidos e não tanto dos mal sucedidos e com isso consideramos que existe uma grande chance de irmos bem quando, na verdade,  tal chance   pode ser baixa.  Os casos que fracassam não seriam tão citados nos dando uma falsa impressão. Por exemplo, o caso de sucesso não apareceria na grande mídia.%https://en.wikipedia.org/wiki/Survivorship_bias





  • Bandas  que tem sucesso são aquelas que aparecem mais.




{Agradecimentos}



  • Agradeço a Gilberto Apolonio, por correção de alguns erros no texto.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Projeto Germinação de feijão

Educação, Alunos e Professores (atividade e conceitos)

O Mundo Pós-guerras (DH)